Pirataria no Brasil e as consequências para o mercado audiovisual

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A pirataria no Brasil é crime e a prática de copiar, reproduzir, distribuir ou comercializar os diversos tipos de produtos e serviços ilegalmente tem impactado vários setores do mercado.

Em especial, a Era Digital e os ambientes online favoreceram a pirataria no mercado audiovisual.

É comum encontrarmos no ambiente virtual serviços, plataformas e aplicativos piratas que possibilitam assistir ilegalmente os mais diversos conteúdos, inclusive permitindo o acesso às produções que ainda estão passando no cinema ou que nem foram lançadas no país.

Segundo artigo publicado no blog Sou Legal, ferramenta criada para informar sobre os impactos e ajudar a combater a pirataria audiovisual no Brasil, dos 140 milhões de brasileiros que consomem conteúdos online, 70 milhões o fazem usando meios piratas.

Ficou interessado em saber mais detalhes sobre a pirataria no Brasil e as consequências dessa prática para o mercado audiovisual? Então, continue a leitura e confira.

O histórico da pirataria no Brasil

Podemos dizer que a pirataria faz parte de um comportamento cultural e atravessa séculos e milênios da história da humanidade.

Tratando-se de Brasil, a jornalista e escritora Rosa Nepomuceno relata que ao pesquisar para a produção do seu livro “O Jardim de D. João” lançado em 1999, identificou que a prática de piratear foi oficializada no país na época do Império.

Segundo a escritora em reportagem à Folha de São Paulo, D. João VI mandou invadir a atual Guiana Francesa, levando os portugueses a se estabelecerem na região entre 1810 e 1817.

O objetivo dos portugueses era se apropriar de informações sobre as técnicas de plantio e trazer sementes de especiarias, resinas, madeiras e plantas medicinais para o Brasil.

No decorrer da história a sociedade foi se habituando a comprar réplicas de produtos originais, levando indústria, profissionais, governo e o próprio consumidor a pagar um preço muito alto e perigoso pela prática.

Também segundo a matéria publicada no G1 (da Globo), em 2022, a pirataria no Brasil gerou um prejuízo de R$ 345 bilhões e os setores mais afetados foram os de:

  • Combustíveis;
  • Bebidas;
  • Defensivos agrícolas;
  • Vestuários;
  • Perfumaria;
  • Higiene e limpeza;
  • Autopeças;
  • TV por assinatura.

Além desses setores, é importante destacar que o ambiente virtual favoreceu a pirataria digital no Brasil, impactando especialmente o mercado audiovisual.

Quais as consequências dessa prática para o mercado audiovisual?

Conforme já falamos na nossa introdução, 70 milhões de brasileiros consomem conteúdos online, utilizando-se de meios piratas.

Entre os crimes de pirataria digital mais comuns no Brasil, destacamos:

  • Consumo de filmes, séries e músicas em canais não autorizados ou detentores do direito de copyright;
  • Aplicativos de celular que permitem download de conteúdos ilegais;
  • Vendas ilegais de caixas de streaming (TV Box).

Qual a consequência da pirataria para o mercado audiovisual? Além de ser crime, a pirataria:

  • Financia e fortalece outros crimes;
  • Reduz o número de pessoas nos cinemas;
  • Enfraquece e destrói negócios;
  • Gera desempregos;
  • Proíbe a entrada de dinheiro no país.

A pirataria afeta diretamente os criadores das produções e também impacta no trabalho de outros profissionais envolvidos legalmente com a divulgação e distribuição das criações.

Também reduz significativamente a quantidade de público nos cinemas, afetando toda a economia nacional.

Acessar conteúdos ilegais também põe em risco a segurança do usuário, deixando-o mais vulnerável à ação de hackers e acesso aos dados pessoais.

O combate da pirataria no Brasil

Algumas medidas de proteção estão sendo tomadas pelo produtor.

Uma delas é a solicitação de senha para o usuário, liberada somente para quem paga pelo conteúdo.

Outra medida é a proteção por domínio. Os responsáveis pela produção definem em quais domínios será permitida a exibição dos vídeos. Assim, mesmo que alguém faça o download dos vídeos, não conseguirá distribuí-los ou comercializá-los, porque eles só funcionam no domínio configurado.

As produtoras também estão investindo na encriptação do conteúdo. Nesse caso, todos os vídeos disponibilizados na web ficarão codificados e só poderão ser acessados pelos usuários autorizados.

Em setembro de 2023 a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) inaugurou o seu Laboratório Antipirataria, uma estrutura especialmente desenvolvida para analisar e acompanhar técnicas sobre equipamentos e meios ilegais que possibilitam a oferta pirata de conteúdos audiovisuais.

Ainda temos a Lei Antipirataria (10.695 de 1 de julho de 2003) que dispõe sobre a proteção de propriedade intelectual e sua comercialização, prevendo multas e reclusão ao criminoso.

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Agora que você conheceu mais detalhes sobre a pirataria no Brasil e suas consequências para o mercado audiovisual, que tal continuar a leitura e conferir também um conteúdo exclusivo sobre: Cota de tela: entenda o conceito e sua importância para o audiovisual.

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