Sou Alan Muxfeldt da Silva, e para mim, cada julgamento criminal vai muito além de um simples rito processual. É o palco onde se desenrola o drama humano mais intenso: a luta pela justiça, pela verdade e, muitas vezes, pela própria vida. Em um tribunal, o silêncio pesa tanto quanto as palavras, e cada argumento carrega o poder de libertar ou condenar.

Não defendo apenas casos. Defendo histórias. Cada processo tem um nome, um rosto, uma família, uma vida que pode ser irremediavelmente marcada por uma decisão. Sou a voz daqueles que, diante da máquina impessoal do sistema penal, precisam ser ouvidos. Luto contra acusações sem provas, contra suposições travestidas de fatos e contra injustiças que se escondem nos detalhes muitas vezes esquecidos.

A defesa criminal, para mim, é uma arte que exige mais do que conhecimento jurídico. Exige coragem para enfrentar o preconceito, determinação para buscar a verdade e, acima de tudo, empatia para enxergar o ser humano por trás da acusação. Não me rendo ao fácil, não me intimido com o difícil. Estudo, questiono, confronto e acredito que ninguém deve ser julgado sem uma defesa plena e combativa.

Nos maxiprocessos e megaoperações, os desafios se tornam ainda maiores. A tecnologia passa a ser uma aliada e, ao mesmo tempo, um obstáculo. É preciso analisar grandes volumes de dados, interceptações telefônicas, perícias digitais e evidências eletrônicas com um olhar crítico, atento à cadeia de custódia da prova, à integridade dos dados e à legalidade dos métodos utilizados para obter essas evidências.

Além disso, há um adversário invisível e implacável: o pré-julgamento da mídia. Antes mesmo de um tribunal ser acionado, manchetes moldam percepções, influenciam opiniões e, muitas vezes, condenam publicamente aqueles que sequer tiveram o direito de se defender. Minha missão é resgatar o princípio da presunção de inocência, lembrando que o verdadeiro julgamento acontece dentro dos autos, não nas páginas de jornais ou nas redes sociais.

Cada alegação que faço, cada prova que analiso, cada detalhe de um processo é tratado com a seriedade de quem sabe o que está em jogo.

Meu propósito é garantir que o direito de defesa não seja apenas uma formalidade, mas um escudo real contra a injustiça. Porque, no final, não se trata apenas de ganhar ou perder um caso; trata-se de proteger a dignidade, a liberdade e a esperança.

Sou advogado criminalista. Sou a resistência em cada julgamento. E enquanto houver uma voz disposta a lutar, a justiça nunca será um eco vazio.