A arte por trás das câmeras: perspectivas do cinema brasileiro para 2024
O cinema brasileiro vive um cenário desafiador, mas que pode encontrar soluções em 2024, a partir de novas produções e mudanças legislativas.
Com o crescimento constante das produções audiovisuais estrangeiras, a exibição de filmes nacionais passou a receber cada vez menos telespectadores, criando um quadro que gerou grande preocupação para os profissionais do meio.
Apesar das dificuldades, as previsões para os próximos anos podem trazer algum otimismo para aqueles que atuam no ramo audiovisual.
Alguns fatores que contribuem para uma perspectiva mais promissora são o retorno da cota de tela e o investimento na produção de sequências dos longas já conhecidos e aclamados pelos espectadores do Brasil.
Para saber mais sobre as perspectivas do cinema brasileiro para 2024, continue a leitura!
Por que o cinema brasileiro é tão desafiador?
Dados recentes da Agência Nacional do Cinema (ANCINE) mostraram a queda na exibição e no consumo das produções brasileiras nas salas de cinema.
No que se refere aos filmes nacionais, em 2019, as salas do país receberam 173 milhões de espectadores e arrecadaram 2,75 bilhões de reais. Já em 2022, os números caem drasticamente: 95 milhões de pessoas e 1,82 bilhão de reais.
O crescimento do audiovisual estrangeiro e sua forte influência cultural são parte dos motivos pelos quais o cenário do cinema brasileiro se encontra em condições tão desafiadoras.
Os mesmos dados divulgados pela ANCINE também apontam que, em 2019, quatro filmes brasileiros ficaram entre os 20 títulos mais vistos do ano. Já em 2022 e 2023, a lista era composta somente por produções estrangeiras.
Além disso, as políticas públicas também desempenham um importante papel para a construção desse quadro.
A importância da cota de tela para impulsionar produções brasileiras
A cota de tela é uma política pública criada em 1937, que busca promover a cultura produzida no Brasil, fomentando a circulação dos longas nacionais nos cinemas de todo o território.
Seu papel consiste em estabelecer uma porcentagem mínima de salas de cinema a serem reservadas para produções do cinema brasileiro, impulsionando esse setor e contribuindo para o seu fortalecimento.
Em 2021, a medida chegou ao fim, criando debates a respeito da necessidade de renová-la, o que gerou amplas discussões nos ramos do audiovisual e do Direito.
Assim, podemos relacionar a ausência da cota de tela aos dados divulgados pela ANCINE, que apontam a baixa performance das produções nacionais no ano de 2022.
Somente no fim de 2023, foi aprovada a renovação da medida, que agora tem vigência até o ano de 2033.
Nesse sentido, esse é um aspecto promissor para o cinema brasileiro em 2024, que poderá ser beneficiado pelo retorno dessa política pública de grande importância.
Perspectivas para o cinema brasileiro em 2024
Apesar dos diversos desafios que se colocam no setor audiovisual brasileiro, 2024 traz consigo boas previsões, para a retomada dessa indústria pujante que se destaca no PIB nacional.
Além do retorno da cota de tela, também temos a disponibilização de editais da ANCINE, que têm o objetivo de viabilizar novas produções cinematográficas, expandindo e fortalecendo o cinema nacional.
Recentemente, foi nomeado o Comitê Gestor do Fundo Setorial do Audiovisual, composto por representantes do Ministério da Cultura, Casa Civil da Presidência da República, Ministério da Educação, Agência Nacional do Cinema (Ancine), Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e do setor audiovisual. Essa nomeação visa fortalecer a gestão e a destinação de recursos para impulsionar a produção nacional.
Para acessar a lista completa dos membros do Comitê Gestor do Fundo Setorial do Audiovisual, clique aqui.
Em relação aos lançamentos já previstos, pode-se notar a predominância da criação de sequências para títulos já conhecidos pelo público. “O Auto da Compadecida” e “Nosso Lar” são exemplos de longas já conhecidos pelos brasileiros, que agora recebem continuações.
Uma boa estratégia para despertar o interesse dos espectadores e levá-los de volta para as salas de cinema prestigiando as produções nacionais!
Agora que você já conhece o cenário atual do cinema nacional, continue por aqui e entenda como funciona o Sistema de Classificação Indicativa Brasileiro!
